Com um
ritmo frenético, Caixa de Pássaros é o tipo de história que te prende do começo
ao fim e obriga a ler o livro todo de uma só vez.
[TEXTO LIVRE DE SPOILERS]
Algo
surgiu no mundo. Não se sabe o que é ou mesmo como se parece, a única coisa que
se sabe é que ao olhar para “isso” a pessoa se transforma em alguém violento,
disposto a matar a si mesmo ou qualquer um por perto. A “solução” encontrada é
simples, não se pode olhar para além da “caixa” em que vive. Qualquer saída
deve ser feita com os olhos vendados e qualquer fresta na janela pode ser mortal.
Essa é
a premissa básica do livro escrito por Josh Mallerman, Caixa de Pássaros. Nele
acompanhamos a história de Malorie em dois momentos diferentes: enquanto a
mesma decide descer um rio com os olhos vendados, confiando apenas na audição
de duas crianças, chamados apenas de Garoto e Menina; e a mesma no começo de
tudo, quando o “problema” apenas começava a se espalhar pelo mundo.
Devo
dizer que há tempos eu não lia um livro tão bom quanto esse. Com uma leitura
rápida e curta (o livro têm apenas 264 páginas), a obra te prende de uma
maneira que você se vê obrigado a saber o que acontece com aqueles personagens
no capítulo seguinte, na folha seguinte. A maneira como a história é contada,
alternando constantemente entre dois períodos de tempo, faz com que sintamos
apreensões diferentes a cada página, de forma que assim como queremos que
aquele momento que estamos lendo continue, também queremos voltar e saber a
continuação daquele que passou.
Além
da maneira como foi escrito, tudo o que acontece no livro é elaborado de forma
bastante coesa. Tem-se um “problema”. Para que se possa sobreviver a ele, existem
determinadas “regras”. É excelente ver os personagens da obra se organizarem
conforme as regras e as tentativas dos mesmos de expandir o seu mundo sem
quebrá-las ou mesmo tentando contorná-las. Somado a isso, há o clima que é construído
lentamente, com o desenvolvimento dos personagens e o desenrolar das histórias,
que te levam até a situação final e o clímax geral.
Apesar
de gostar muito de obras de terror em geral, o livro conseguiu me surpreender
em algumas passagens. Mesmo não sendo um livro 100% de terror (sendo muito mais
voltado para o suspense), há algumas partes que são um verdadeiro exercício de
imaginação de tão bizarras que parecem ser. Justamente por ser um livro, a obra
consegue se utilizar de recursos que seriam impensáveis de se utilizar em outro
tipo de mídia, como a aflição de sentir e ouvir algo que não se pode olhar
(acho difícil uma série ou filme apostar em uma cena totalmente escura, apenas
com diálogos). Isso, somado ao mérito do autor em escrever de uma forma que
deixa o leitor “desesperado” pelos personagens, contribui para que Caixa de
Pássaros se torne um thriller tão fantástico e de leitura indispensável.
Por
tudo isso, e muito mais que só vão descobrir ao ler o livro, fica o Vale a Pena!
de Caixa de Pássaros. Gostou? Concorda ou têm mais coisas para comentar? Deixe
sua opinião nos comentários (SEM SPOILERS) e até o próximo post.
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Você tem o livro pra me emprestar?! Apesar de nunca sugerido antes, ele parece ser uma boa leitura pra passar o tempo. Quero
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